O HighSchool

O HighSchool aqui em Montreal e um pouco diferente de outros paises, e ate mesmo de outras provincias aqui no Canada. Aqui em montreal o High School vai so ate o decimo primeiro ano(normalmente acaba no decimo segundo). A instituicao de ensino creio que seja muito similar aos outros high schools pelo mundo.

O predio do colegio e grande, com tres andares. No primeiro andar varias salas de aula normais, no segundo salas de aula, secretaria, sala dos professores, duas quadras e a lanchonete, o terceiro andar salas, laboratorio de biologia e informatica e a biblioteca. A estrutura e bem simples, com salas de ferentes pois cada professor a organiza da maneira que melhor sera util. Salas sem arcondicionado, os quadros negros sao quadros negros(quadro que escreve com giz).

O colegio tem algumas regras um pouco estranhas. Por exemplo: O colegio tem uma porta principal enorme, e os alunos nao podem entrar por ela, os alunos so tem acesso a escola pelos fundos, ou lados do colegio. Em horario de aula, voce nao pode vestir agasalhos ou casacos que nao sejam da marca do colegio. Outra curiosidade e que voce nao pode entrar na lanchonete de mochila, ou caderno, ou livro, o que for.

Detencao, quais maneiras de voce pegar suspensao. Uma e voce chegar atrasado na aula, outra a falta de respeito, ou usar casaco no corredor, ou estar no corredor em horario de aula sem uma autorizacao do professor, ou algumas outras infracoes. A detencao seria voce, apos a aula, ficar em torno de 45 minutos no refeitorio com todos os outros que estao de detencao sem fazer nada. Por sorte, nao peguei nenhuma suspensao.

As materias sao diferentes das materias do Brasil, e a grade de estudo tambem e bastante diferente. Pra comecar que a grade nao consiste em voce fazer as materias que o colegio escolhe, voce tem o direito de escolher as aulas em que ira cursar. Nao sao materias basicas como historia, geografia, fisica, quimica...
Aqui voce tem aulas de Arte visual(pintura, desenho...), musica, teatro, marcenaria, e outras coisas do genero.

Toda aula voce tem uma turma diferente, entao a cada sinal de termino de aula, voce tem cinco minutos para ir ao seu armario, pegar o que precisa e ir para sala da proxima aula que voce ira ter. Os proferssores rarametne mudam de sala.

O ensino e um ensino bem simples e basico, mas como se trata de uma escola publica, e um ensino muito bom. Mas comparando com escolas particulares no Brasil, aqui, o colegio e muito inferior. Os alguns professores sabem apenas o basico do que ensinam, ou nao sabem muito sobre a materia em geral que estao dando aula. Por exemplo, um porfessor de biologia. Ele sabe o basico sobre os topicos que serao estudados.

As aulas tem duracao de uma hora e meio, onde a materia e explicada, passado exercicios e fim. Sim, as aulas sao muito monotonas aqui.

Temos a hora do almoco, que voce tem 50 minutos para comer onde quiser, seja no colegio, em casa, ou onde for, basta estar no colegio antes do toque.

Essas sao algumas poucas curiosidades sobre o High School.

Nessa terca feira, dia 5, nao tive aula, foi um dia de gincana no colegio. Amanha tentarei escrever o como foi esse dia.

Primeiro dia no High School

As aulas no meu colegio, WestMount High School, comecaram na quarta feira dia 1 de setembro, porem como eu tinha acabado de chegar e nao tinha uniforme e nem material escolar eu faltei a primeira semana, por recomendacao dda minha host mama.

Ainda na semana em que iniciou as aulas eu fui ao colegio para efetuar a matricula e pagar o valor necessario para obter os materiais do colegio(livros, agenda...). No final de semana fui com minha host family comprar meu uniforme em uma loja que fica do outro lado da cidade. Chegando na loja fomos atras das camisas. Experimentei as camisas e ficaram otimas, ja na hora da calca, uma calca social preta. Tive que pedir tres tamanhos diferentes. Na ultima a calca entrou, fechou mas as pernas ficaram muito largas parecendo calca de paraquedista. O tenis fica a escolha do aluno.

No primeiro dia de aula me comuniquei com algumas poucas pessoas que sempre que eu fala: Sou do Brasil. Ficavam animadas e falavam que adoravam o Brasil que la era muito bonito e tinha muita festa, os homens claro nao podiam deixar de falar: Nossa, as brasileiras sao demais, um dia, quando for mais velho, vou para o Brasil e conhecer as festas e mulheres de la. Alguns citavam o futebol no lugar de mulheres.

No comeco os professores falam e eu nao entendia praticamente nada, geralmente uma frase perdida no meio do discurso dele, entao eu apenas ficava olhando balancando a cabeca em sinal de positivo. Com o passar do tempo meu ouvido foi se acostumando com o indioma e agora assisto quase todas as aulas entendendo bem o que os professores falam, tirando as aulas de matematica onde o professor e um japinha que fala muito esquisito e rapido e tambem nas aulas de ingles, mas definitivamente o problema e na aula de matematica.
A questao ta escrita ainda e um problema pra mim, assim como a fala, ainda sinto dificuldade de falar e escrever. Ate hoje so tirei uma nota realmente boa que foi em um teste de ingles, em forma de palavra-cruzada, ja o resto, so nota ruim. Por enquanto e claro.

Em relacao a essa questao da escola, mesmo com notas baixas ainda estou tranquilo, pois eu sei fazer tudo, porem ainda nao consigo passar os meus pensamentos para o ingles. Mas era o que eu esperava, ter alguma dificuldade com a lingua no comeco. Esse problema sera momentanio, tenho certeza, e logo logo estarei muito bem na escola.

Continuarei a contar minhas experiencias aqui em Montreal, e falarei mais sobre o colegio em outros posts.

A chegada em Montreal.

Antes de viajar, ainda no Brasil, eu pensava que ao ver a familia com quem eu iria morar, eu iria dar risadas diante da situacao, eu tinha uma imagem bem tranquila e engracada de como iria ser esse primeiro encontro.

Posso falar que ao descer do aviao fiquei um pouco nervoso. Nao sabia como a familia iria reagir no primeiro contato comigo, nao sabia como eu iria reagir ao primeiro contato com eles
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Apos pegar minhas malas e seguir em direcao ao portao de desembarque avistei uma moca(minha host sister), segurando uma plaquinha com a bandeira do Brasil e meu nome em cima da bandeira e ao lado dela um rapaz. Ao encontro deles comprimentei com um “Nice to meet you“ bem timido e tremulo a Max, minha “host sister“. Ao falar com o rapaz: “Nice to meet you“, recebi um “E ai beleza?“
Na hora tomei um susto, fiquei todo errado e perguntei: Voce e brasileiro? Entao ele respondeu que sim. Apos isso pegamos um onibus que circula dentro do aeroporto, na parte do estacionamento. Entramos no onibus e ai comecou o meu intercambio. Sentado ao lado um casal com um filho com deficiencia mental que passou o trajeto gritando e falando, chegou a ser engracado, mas dava pra ver a cara de preucupacao do pai para que o filho ficasse mais calmo, fomos conversando, ou tentando conversar ate chegar ao carro. Entramos no carro e entao fomos conversando ate chegar ao “KFC“, lanchonete que vende frango frito, tipico dos filmes americanos onde as pessoas pedem um balde de frango frito. Max entao fez o pedido e levamos o frango para casa. Comemos, conversamos um pouco e Max me mostrou toda a casa. O rapaz, que se chama Pedro, tinha um compromisso com os amigos e teve que ir embora, mas falou que ligava no outro dia.

Lillian, minha “host mother“ estava viajando e so chegaria em dois dias se nao me falha a memoria, e John meu “host father“ estava trabalhando e so chegaria mais tarde. Fui entao desfazer as malas, ao desfazer as malas lembrei que tinha trago presentes e entao chamei Max para poder entregar. Ao lembrar que seus pais, Lillian e John, nao estavam em casa preferi nao dar os presentes na hora, e falei pra ela se iria pensar se daria pra ela e ela guardava ou daria para o John. Apos um tempo fui atras dela e dei um saco de castanha de muitos outros que eu tinha trago pra ela e falei, esse e pra voce, os outros depois eu entrego. Ela agradeceu e saiu. Algum tempo depois eu a chamei e falei, ah, vou lhe dar os presentes para voce ir guardando logo. Entao ela subiu as escadas comigo para pegar as presentes. Ao mesmo tempo que eu tirava as castanhas-de-caju do saco ela ia se apavorando com a quantidade que eu tinha trago para dar de presente, era tanta castanha que eu nao consegui mais ver o rosto dela, pois estava coberto com sacos de castanha. Me ofereci entao para ajuda-la e fui com ela ate o andar de baixo para guardar os presentes.

Quando chegou a noite, John, chegou do trabalho e subiu para falar comigo. Chegou e agradeceu os presentes e conversou poucas coisas comigo, coisas que eu nao entendi muito bem.

Lillian so conheci alguns dias depois, e quando a conheci parecia uma mulher que acabara de ganhar um premio ou coisa parecida, ela veio toda animada feliz e sorridente falar comigo(alias, ela e assim todos os dias), entao fiquei super feliz com o acolhimento que eles tinham me dado e logo me adapitei a casa e aos seus costumes.

Tenho uma convivencia muito boa com eles e tenho certeza que ira continuar assim ate a minha volta.

Continuarei contando mais dos meus dias ao longo da semana.

Chegada.

Mais um dia, mais um post... Hoje irei contar a minha chegada ao Canada.

Viajei de Fortaleza para SP ao lado de dois homens bem tranquilos e recalcados. Mas de SP para Toronto, viajei ao lado de um senhor de setenta e poucos anos que estava indo para Toronto participar do campeonato mundial de remo master(categoria da terceira idade). Ele fazia parte de uma equeipe santa catarinense formada por ele, seu irmao mais novo e outros dois senhores, sendo um deles, um jovem de oitenta e dois anos. Eles fazem parte da equipe que iria representar o Brasil no Mundial. Contou para mim sobre seus outros varios campeonatos mundiais onde ja ganhou muitos deles. Uma figura muito engracada, ainda mais enquanto tentava mecher na tela para ver tv, radio, ou ouvir musica. Por horas o vi brincar com o mapa mundi que aparecia na tela.
Ainda no aviao temos a comida que como todos sabe, nao eh muito boa, posso dizer sem graca. Na chegada a Toronto, um friozinho na barriga, um gostinho de quase... Chegando na Fila para a Embaixada, viamos as pessoas que estavam na frente indo, e conversando com o policial e mostrava papel, guardave, mostrava de novo. Isso as vezes da um pouco de nervosismo na gente. Peguei um policial muito simpatico porem de poucas palavras que perguntou apenas quando tempo pretendia ficar. Apos passar a embaixada uma sensacao de paz e tranquilidade.

Apos o aeroporto fomos dar uma volta pela cidade para conhecer um pouco de Toronto. Passomos em pracas, Centros comercias, com direito a uma paradinha no SecondCafe para comer algo. Demos uma passada tambem em CN tower, que posso falar que ao elevador subir senti um pouco de medo devido a altura em que estava. Depois de um tempo o medo passou e aproveitei para ver uma vista incrivel de cima da torre.

Apos a torre fui para o hotel onde tomei um banhno e vestir uma roupa para ir ao shopping. O shopping muito bonito e bacana, comi, andei, e volei para o hotel acompanhado de alguns amigos que fiz durante o passeio. Ao voltar ao hotal sentamos em uma mesinha do restaurante e ficamos ali por algum tempo conversando e rindo muito. Depois de algum tempo tomamos banho e fomos para o HardRock Cafe. Na ida para o HardRock, me deparei com um magico fazendo um show na rua. Eu e alguns colegas paramos para observar o tal magico. O magico falou falou, chamou gente para participar da magica, mostrou um pano no chao com varios garfos espalhados nele. Depois de muito enrolar o magico pediu para que uma das pessoas que estavam participando da magica pegar um garfo e assinar. Depois de mais enrolacao o magico entao balancou o garfo e o entortou... Logo apos esse grande truque, voltei o caminho e fui para o HardRock. Depois do HardRock fomos para a piscina do hotel, depois todos para seus quartos. Claro que nao podia faltar a reuniao durante a noite ne? Juntamos praticamente todo o grupo e fomos para o quarto de algumas das meninas e ali ficamos todos ate de madrugado conversando rindo e tomando muitos sustos. Ja tarde da noite, todos foram dormir, pois no outro dia seria o dia em que todos iriam conhecer suas respectivas Host Familys.

No dia do embarque um cafe da manha muito farto e uma reuniao onde as Cordenadoras iriam nos ditar as regras e tambem nos dar algumas orientacoes. Apos isso fomos todos ao aeroporto onde cada um seguiria seu trajeto.

No aeroporto, malas despachadas, passagem na mao e so esperar a hora do voo. O dia ia passando e as pessoas do grupo iam indo embora. Pessoas essas muito simpaticas e que gostei muito de conhecer, pena elas estarem do outro lado do canada. Chegada a hora do meu voo, entrei no aviao, fiz uma viagem tranquila de mais ou menos uma hora ate chegar em Montreal.

Esse foi um resumo da minha chegada ao Canada, sem problemas, chegada tranquila. Proximo post contarei um pouco do primeiro encontro com minha host family.

Primeiro Post.

Meu primeiro dia de “blogger”, hoje vou apenas tentar passar a idéia do que será este Blog e um pouco da história por trás de minha partida.

Para começar, contarei os motivos pelos quais me inspirei a escrever minhas experiências:

Há cerca de um ano procurei uma empresa que pudesse me oferecer um bom plano de intercâmbio, fui para a STB, onde meu irmão, oito anos mais velho, já havia viajado para o Canadá através de seus serviços. Chegando à STB, busquei informações sobre como funcionava o intercâmbio, locais, preços, etc. Logo após essa etapa, fiz um pequeno teste de inglês, onde precisava alcançar a nota 75, de acordo com minha fluência, sendo aprovado com essa exata pontuação exigida, feito isso, restava escolher o país e a cidade que eu gostaria de ir.

Na escolha do país não tive dúvida, Canadá. Mas por que Canadá? Simples, não me identifico com os EUA, Europa me parece ser um bom destino para o futuro, talvez passar umas temporadas por lá, mas isso no futuro, e Oceania, apesar de ser um lugar lindo e que todos falam muito bem, não me atrai muito. O Canadá é um lugar calmo, desenvolvido, bonito, repleto de natureza, pessoas educadas, simpáticas e tudo que um país de primeiro mundo tem a oferecer.

A escolha da cidade foi mais complicada, estava em dúvida sobre Montreal, Vancouver e Fredericton. Resolvi recusar Vancouver devido o alto índice de chuvas durante o ano, definitivamente, não gosto de chuva. Assim fiquei entre Montreal e Fredericton, e entre uma cidade grande e uma pequena, preferi a grande.

Depois de toda papelada, visto e tudo mais, era a hora da despedida. Despedir de toda a família, amigos, deixar as pessoas que amamos, confiamos e convivemos. Confesso que não estava me importando, mas quando faltavam alguns dias a ficha começou a cair, porém nada preocupante, ainda estava tranqüilo e decidido.

Arrumar as malas seria impossível sem minha mãe ao lado, nossa, sou muito despreocupado com isso, se não fosse ela falando todo dia: “Separa a roupa... não usa isso... você vai levar...”, eu teria deixado tudo para a última hora e teria esquecido muita coisa. Mas no final deu tudo certo.

Até o dia do embarque eu estava firme, sem nenhuma dúvida ou medo acerca do que estava fazendo, queria este intercâmbio, não tinha nenhuma possibilidade de mudar minha opinião. Uma das poucas coisas que mexeram comigo foi na hora de entrar no carro, meu pai já tinha arrumado as malas no bagageiro, eu já estava entrando, e minha avó aparece no elevador com um presente. Dado o presente, entrei no carro e fui rumo ao aeroporto. Enquanto partia eu olhava para trás, vendo minha avó, mulher com o coração gigantesco, feito manteiga, chorando. Ali sim posso falar que deu um aperto no coração, um aperto muito grande, porém a aproximação do aeroporto amenizou o que eu estava sentindo e cheguei sem problemas. Prestes a embarcar, uma despedida tranqüila e sem chororô fizeram parte dos meus últimos momentos em Fortaleza rumo a 10 meses distante.

Este texto é apenas uma abertura para meu “Blog”, tentarei postar diariamente e falar sobre tudo, a chegada, o primeiro dia de aula, meu cotidiano, curiosidades, algumas crônicas, etc.

Abaixo um vídeo antes do embarque feito pelo meu primo, Leonardo Campos: